Entrevista com Outland - 22/09/2023

PARTICIPANTES

Radio Ligadão: Quem faz parte da Banda?

Outland: Diego Reategui (vocais), Raphael Vale (guitarra), Leo Coelho (baixo), Tio Lu (teclado) e Mauro Morais (bateria).

HISTÓRIA DA BANDA

Radio Ligadão: Como a banda se formou e qual é a história por trás do nome escolhido?

Outland: A história da banda começa em 2008 quando o guitarrista Raphael Vale, junto a seu amigo de infância, o baterista Mauro Morais, resolve unir sua paixão por Rock Progressivo e Heavy Metal, e seus estudos musicais com sua admiração por games e RPG, criando assim a banda Lirium (2008-2010), um projeto audacioso de Metal Progressivo ambientado em um universo alternativo que serviu de base para as composições. Já em 2019, Raphael e Mauro se reúnem novamente com os companheiros da antiga banda Leo Coelho (baixo) e Tio Lu (teclado), trazendo suas novas influências e ideias para os arranjos originais. Com a entrada do vocalista Diego Reategui, nasce então o Outland. A ideia do “Outland” surgiu pela primeira vez em 2010, ainda na época do Lirium. Nossa primeira vocalista foi Elise Veríssimo, e tinha formação lírica (daí em parte a ideia do nome “Lirium”). Com sua saída, as vocalistas que entraram depois tinham uma pegada mais Rock. Esta mudança, aliada ao universo criativo da banda, em que muitas músicas se passavam em um mundo distante, trouxe novamente a ideia do nome “Outland”, que foi adotado em definitivo em 2019, após a reignição do projeto e a entrada de Diego Reategui nos vocais.

Radio Ligadão: Quais foram suas principais influências musicais ao longo do tempo?

OutlandInfluências da banda: Rock/ Metal Progressivo, Hard Rock, Game Music, Música clássica, Jazz Fusion, Synthwave, World Music, entre outras.

Diego: Bruce Dickinson. Tobias Sammet, Andre Matos, Michael Kiske, Axl Rose, Bon Jovi, Rob Halford, Freddie Mercury, Klaus Nomi, Adam Lambert, Klaus Meine, Leonardo Gonçalves, Anderson Freire, Philipe Jaroussky, Linda Perry, Ann Wilson, Beth Hart e Bjork

Raphael: Alex Lifeson, Brian May, Edu Ardanuy, Edward Van Van Halen, Joe Satriani, Kiko Loureiro, Nick Johnston e Roland Grapow.

Leo: Duff Mckagan, Flea, Geddy Lee, Jaco Pastorius, Marcus Miller, Marko Hietala, Michael le Pond, Billy Sheehan, Felipe Andreoli, Sergio Groove, Junior Braguinha, Henrik Linder e Fernando Molinari.

Tio Lu: Casiopea, Space Junk is Forever, Snarky Puppy, Cynic, Beyond Creation and Symphony X.

Mauro: Chad Smith, Eloy Casagrande, Neil Peart, Roger Taylor e Virgil Donati

PROCESSO CRIATIVO

Radio Ligadão: Como vocês geralmente compõem suas músicas? Qual é o processo criativo da banda?

Outland: O processo de criação é sempre dinâmico, então o que podemos é contar um pouco sobre como ele tem sido atualmente. Há três momentos essenciais de criação na banda: composição, arranjo e produção. É um diálogo semelhante ao de arquitetos e engenheiros na realização de uma construção. Raphael Vale é o principal compositor, e geralmente compõe começando com melodias e acordes no violão, estruturando os esboços de arranjos instrumentais, linhas vocais e solos em partitura e então criando as letras. A composições são apresentadas aos demais membros, que trazem suas contribuições técnicas e imprimem sua personalidade nas criações, criando assim o arranjo da música, que por vezes difere bastante da versão original, mas mesclando a essência da composição com a personalidade da banda. Este arranjo ainda pode mudar  no processo de produção (gravação, mixagem e masterização), que é liderado pela tecladista Tio Lu, onde podem surgir novas ideias para estilos, ambientações, transições e linhas complementares.  Há também músicas que foram compostas em parcerias, como é o caso de Undergrave (composta por Raphael e Tio Lu).

Radio Ligadão: Vocês preferem compor juntos ou de forma individual? Por quê?

Outland: A maioria das composições (há composições conjuntas também) atualmente são feitas de forma individual e os arranjos feitos de forma conjunta, mesclando a essência da visão original com o estilo de cada músico, e aproveitando as principais potencialidades artísticas de cada integrante da banda dentro dos diferentes momentos do processo criativo (composição, arranjo, produção, etc.).

IDENTIDADE MUSICAL

Radio Ligadão: Como vocês descreveriam o estilo musical característico da banda?

Outland: Somos uma banda de Metal Progressivo com influências de Hard Rock e Game Music.

Radio Ligadão: Houveram momentos em que vocês sentiram vontade de experimentar gêneros musicais diferentes?

Outland: O fato de trabalharmos dentro da esfera do progressivo nos permite experimentar novas sonoridades, flertando às vezes com estilos como o Jazz Fusion, World Music, Música Clássica, entre outros.

PERFORMANCE AO VIVO

Radio Ligadão: Qual é a parte favorita de se apresentar ao vivo para vocês?

Outland: O show é um momento ao mesmo tempo de fuga da realidade, de total entrega e imersão em nossa obra e de integração com o público. Poder levar esta experiência audiovisual às pessoas e interagir com o público através de nossa arte é uma experiência sem igual e isso com certeza se potencializa ao tocar ao vivo

Radio Ligadão: Vocês têm alguma performance ao vivo memorável que gostariam de compartilhar?

Outland: Tivemos vários shows empolgantes e com ótimas histórias. Mas nossa apresentação no Festival Conecta de 2022 em Belém, que contou com a participação do grande Rodrigo Gnomo (banda Marmor) foi certamente uma experiência memorável, assim como o show de lançamento de nosso EP “City of Eternal Lights” em 2023, no lendário Teatro Experimental Waldemar Henrique.

DESAFIOS E CONQUISTAS

Radio Ligadão: Quais foram os maiores desafios que a banda enfrentou até agora?

Outland: A gravação do EP durante o período da pandemia foi  certamente um dos maiores desafios e demandou bastante da nossa capacidade de adaptação. Fora isso, os desafios usuais de se estabelecer na cena como uma banda independente e com uma proposta musical diferente. 

Radio Ligadão: E quais foram as maiores conquistas que vocês alcançaram?

Outland: Ficamos muito felizes com o lançamento do nosso EP “City of Eternal Lights”, as ótimas vendas das mídias físicas e digitais, e a recepção super positiva do público e da mídia independente, que resultou em um grande show de lançamento do EP em abril/2023 e com grandes bandas convidadas como Rhegia e Ultranova. Outra grande conquista foi termos conseguido trazer para Belém a exibição exclusiva da Parte II do documentário “Andre Matos: Maestro do Rock”, do diretor Anderson Bellini (e trazer o próprio diretor para a ocasião), e produzir um grande evento tributo para os fãs de Andre Matos, que certamente é uma grande influência musical para nós.

 

RELAÇÃO COM FÃS

Radio Ligadão: Como vocês veem a relação entre a banda e seus fãs? Vocês têm alguma história emocionante de interação com fãs?

Outland: Mantemos a relação com os fãs de forma  bem próxima, leve, descontraída, mas sempre muito respeitosa e profissional, então sempre que possível, nos comunicamos diretamente com o público, tanto nas redes sociais, como pessoalmente, em shows e eventos da cena. Alguns fãs estão iniciando a vida musical, por exemplo. É sempre emocionante saber que inspiramos alguém a aprender um instrumento musical, como já aconteceu, ou conhecer fãs que vêm de outras cidades para ver nosso show. 

Radio Ligadão: Qual é a importância dos fãs para vocês?

Outland: Sem os fãs e apoiadores desta ideia sequer estaríamos aqui. Por isso, temos uma profunda gratidão e consideração por todo carinho e apoio que recebemos.

NOVO MATERIAL

Radio Ligadão: Vocês têm planos para lançar novo material em breve? Poderiam nos dar algumas dicas do que esperar?

Outland: Estamos atualmente produzindo videoclipes do nosso show de lançamento que ocorreu este ano, então ainda vamos lançar bastante material com performances ao vivo ao longo deste semestre, além de novidades para os próximos shows.  Quem acompanha os shows do Outland, sabe que temos outras músicas que não estão no EP. Essas músicas certamente vão compor nossos próximos lançamentos junto a várias outras composições inéditas, e cujas gravações planejamos iniciar provavelmente no ano que vem. 

Radio Ligadão: Alguma mudança significativa no som da banda está sendo explorada nesse novo material?

Outland: Para o próximo trabalho de estúdio, esperamos consolidar ainda mais nossa identidade, trazendo propostas ainda mais audaciosas, unindo técnica e musicalidade para entregar ao público um trabalho ainda melhor.

INSIGHTS E ANÁLISE DA RÁDIO LIGADÃO

História da Banda:

  • A história da banda destaca a evolução e a reinvenção ao longo do tempo, passando de Lirium para Outland. Isso mostra a capacidade da banda de se adaptar e crescer, incorporando novos membros e influências ao longo de sua jornada musical.
  • A associação da banda com games, RPG e um universo alternativo é uma abordagem criativa que contribui para uma narrativa mais profunda em suas músicas. Isso pode atrair um público que compartilha desses interesses.

Influências Musicais:

  • As influências musicais variadas dos membros da banda indicam uma ampla gama de estilos musicais que contribuem para a riqueza e diversidade do som da Outland. Isso pode atrair um público diversificado.
  • A capacidade da banda de integrar influências de diferentes gêneros, como Metal Progressivo, Hard Rock, Game Music, Jazz Fusion e World Music, demonstra sua versatilidade e inovação musical.

Processo Criativo:

  • O processo criativo da banda envolve colaboração, com os membros contribuindo com suas habilidades e perspectivas únicas. Isso ajuda a criar uma identidade musical única e diversificada.
  • O processo criativo é descrito como dinâmico e adaptável, o que é essencial para a evolução constante da música da banda. Isso pode manter o som fresco e emocionante para os ouvintes.

Identidade Musical:

  • A banda descreve sua identidade musical de forma clara e concisa como Metal Progressivo com influências de Hard Rock e Game Music. Isso ajuda os ouvintes a entender o que podem esperar.
  • A vontade da banda de experimentar novas sonoridades e flertar com diferentes estilos musicais pode mantê-la criativa e relevante.

Performance ao Vivo:

  • A banda enfatiza a importância da apresentação ao vivo como um momento de entrega, imersão e interação com o público. Essa dedicação ao vivo pode fortalecer a conexão com os fãs.
  • Destacar momentos memoráveis, como a participação de convidados especiais e shows em locais icônicos, pode gerar entusiasmo entre os fãs e criar histórias cativantes.

Desafios e Conquistas:

  • A pandemia apresentou desafios significativos, mas a banda demonstrou sua capacidade de se adaptar ao gravar o EP durante esse período. Isso mostra resiliência e comprometimento com a música.
  • As vendas positivas do EP e a recepção do público e da mídia independente demonstram que a banda está fazendo progressos significativos em estabelecer sua presença musical.

Relação com Fãs:

  • A relação próxima e respeitosa com os fãs é essencial para construir uma base de fãs leal e engajada.
  • A banda se orgulha de inspirar fãs a aprender música e de atrair público de outras cidades para seus shows. Isso demonstra o impacto positivo que têm na vida das pessoas.

Novo Material:

  • Os planos para lançar novo material e a expansão de seu repertório são indicativos de uma banda comprometida em continuar evoluindo e expandindo sua música.
  • A intenção de consolidar ainda mais sua identidade musical em futuros trabalhos sugere que a banda está focada em manter sua singularidade enquanto busca inovação.

Conclusão:

Em resumo, a entrevista com a banda Outland mostra uma trajetória musical emocionante e uma abordagem criativa para a música. Sua capacidade de evoluir, colaborar e experimentar diferentes estilos musicais os torna uma banda atraente para um público diversificado. A relação próxima com os fãs e seu compromisso em continuar criando música de qualidade sugerem um futuro promissor para a banda.

Agradecemos a sua participação.

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